As sementes certificadas carregam todo potencial produtivo da planta, são uma importante e fundamental tecnologia, podemos dizer que são o insumo mais importante na agricultura.
Sementes certificadas tem a função de gerar novas plantas. No entanto, esses insumos que foram certificados contam com um rigoroso controle nas etapas de seu desenvolvimento, desde sua origem genética, até o controle da multiplicação de sementes e gerações de plantas.
As sementes certificadas expressam atributos de:
Pureza física: ausência de contaminações com outros tipos de sementes. Sejam elas de outras culturas, ou plantas daninhas;
Qualidade fisiológica: devem apresentar alta taxa de germinação e uniformidade (vigor);
Qualidade sanitária: as sementes devem ser livres de pragas e doenças.
A certificação de sementes atua na preservação das características genéticas e da identidade da cultivar o que acaba resultando em uma lavoura uniforme e com alta produtividade. Elas são uma forma de proteção para o produtor e para quem desenvolveu a semente. A certificação garante ao comprador que o produto é da cultivar correta, sem contaminantes, com alta taxa de germinação e isenta de pragas e doenças.
A regulamentação das sementes certificadas é dada pela Lei nº 10.711, de 5 de agosto de 2003, que trata sobre o Sistema Nacional de Sementes e Mudas. Essa lei aborda todas as etapas do processo de produção, certificação e todos os procedimentos necessários para que seja mantida a qualidade no cultivo. Uma das medidas para que essa qualidade seja certificada é a avaliação dos campos onde são produzidas as sementes. Esse processo é feito periodicamente, durante todo o ciclo produtivo. Essas vistorias servem para coletar informações dos campos de produção e compará-las com os padrões estabelecidos pelas normas do MAPA. Já as sementes piratas são aquelas que não passam por um controle de qualidade na sua produção e não possuem registro no MAPA. A produção, venda ou compra de sementes piratas é ilegal. Além disso, o uso desse tipo de produto pode causar prejuízos de até 2 bilhões de reais por ano ao agricultor. Dentre as causas dos prejuízos está a baixa qualidade, a ameaça de eficiência da atividade e todos os demais itens do custo de produção aplicados às lavouras.
Fontes: Embrapa e Mapa